Conhecimentos

Orixás – O que são e como surgiram?

A história conta que os Orixás foram inspirados em homens e mulheres capazes de intervir nas forças da natureza por meio de caça, plantio, uso de ervas na cura de doenças e fabricação de ferramentas. São cultuados pela mitologia Iorubá pelo Candomblé e Umbanda.

A equivalência entre os orixás e os santos da Igreja Católica surgiu no período colonial, com a chegada ao Brasil dos primeiros africanos de origem iorubá, povo que habitava a região atual de Nigéria, Benin e Togo. Adeptos do candomblé, eles eram proibidos de adorar suas divindades porque a religião oficial do País era o catolicismo. Para driblar a censura, os negros criaram a associação e seguiam assim praticando sua fé. Por isso, o sincretismo pode variar de acordo com a região do Brasil.

Os orixás possuem a personificação humana, com características como virtudes e defeitos: podem ser vaidosos, generosos, temperamentais, obstinados, ciumentos, corajosos, maternais etc. Tais atributos, quase sempre, têm um paralelo com as forças naturais. Vejamos os paralelos advindos para cada um dos Orixás mais cultuados no Brasil, sendo alguns deles:

Iemanjá

Representa as forças dos mares e oceanos. Por ter a representação dos mares e oceanos, em sua personificação seios volumosos simbolizando a maternidade e a fecundidade. É a mãe de todos os Orixás. Acredita-se que os filhos de Iemanjá são maternos, profundos e tranquilos.

Seus símbolos são o leque, espada e espelho. Representada pela cor azul e seu elemento é a água.

Seu sincretismo com a igreja católica é Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Glória.

Xangô

Representa as forças do fogo, das pedras e do trovão e por sua correlação com estas forças diz ser o Senhor da Justiça. Possui personificação viril e justiceiro. A característica dos filhos de Xangô são a Justiça e a Retidão.

Tem como símbolo o machado e suas cores são Vermelho e Marrom e seu elemento é o fogo.

Seu sincretismo com a igreja católica é São João Batista.

Iansã

Na cultura Iorubá é a Deusa dos Ventos e das Tempestades. É a senhora dos raios e dona das almas dos mortos.  Por sua relação com estas forças naturais, em sua personificação é impulsiva, imprevisível, obstinada e corajosa. A característica dos filhos deste Orixá são a impulsividade, coragem e imprevisibilidade.

Seus símbolos são a espada e o rabo de cavalo. É representada pela cor vermelha e seu elemento é o fogo.

Seu sincretismo com a igreja católica é Santa Bárbara.

Oxóssi

É o Deus da caça e patrono do candomblé brasileiro. Este Orixá representa as florestas, os animais, a fartura e o sustento. Está nas refeições, pois é quem provê o alimento. A correlação com as forças naturais que representa este Orixá são a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para capturar a caça. É um orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas.

Os filhos de Oxóssi tem como característica a observação e a alegria. São generosos e gostam de fartura.

Seu símbolo é o arco e flecha, o rabo de cavalo e o chifre de boi. É representado pela cor verde e seu elemento é a terra.

Seu sincretismo com a igreja católica é São Sebastião.

Ogum

Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e, sem sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso. Em sua personificação, Ogum é forte, aguerrido e impulsivo. Os filhos deste Orixá são corajosos, destemidos e obstinados.

Seu símbolo é a espada e é representado pela cor azul marinho. Seu elemento é a terra.

Seu sincretismo com a igreja católica é São Jorge.

Oxum

Deusa das águas doces, (rios, fontes, lagos, cachoeiras). É considerada também a deusa do ouro e da fecundidade. Em sua relação com estes elementos naturais, traz em sua personificação o feminino, a doçura e a beleza. Os filhos deste Orixá têm características emotivas e amorosas.

Tem como símbolo o abebê (o leque espelhado). Sua cor é amarelo-ouro e seu elemento é a água.

Seu sincretismo com a igreja católica é Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Candeias.

Nanã

Deusa da lama e do fundo dos rios, associada à fertilidade, à doença e à morte. Também é cultuada como um orixá da chuva, das águas paradas, mangue, pântano, terra molhada, lama. Nanã é chamada carinhosamente de “Avó”, por ser usualmente imaginada como uma anciã.

Os filhos deste Orixá têm como característica a bondade, a generosidade e a complacência.

Tem como símbolo o Ibiri (cetro de palha e búzios), sua cor é roxa e seu elemento é a terra.

Seu sincretismo com a igreja católica é Sant’Anna.

Oxalá

É o Deus da criação. É o orixá que criou os homens. As características de sua personificação são a paz, o poder e a Pureza Espiritual.

Este Orixá tem como símbolo o Oparoxó (cajado de alumínio com adornos). Sua cor é a branca e tem como elemento o ar.

Seu sincretismo com a igreja católica é Jesus Cristo e na Bahia também é cultuado como Nosso Senhor do Bonfim.

Gideon dos Lakotas

Fundador e idealizador da obra Céu Nossa Senhora da Conceição, materializou esta maravilhosa obra que trouxe tantos benefícios para a humanidade.
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